domingo, 29 de junho de 2008

Os Desajustados me desajustaram?

Puxa, eu pulei a segunda parte de Kinks? Acho que os desajustados me desajustaram. Acabei de "despostar" o seguinte, que produzi fora de sequencia, vou postar a segunda parte de Kinks, aqui abaixo, e postar o outro em seguida. Vai ficar parecendo que são dois posts no mesmo dia, mas na verdade este é de maio, e o outro, que postei em maio, é de junho... Kinky, hein?

Em 1965, Ray Davies, o líder da banda The Kinks e autor da maioria das músicas, falava que era diferente dos outros (se não entendeu, volte para o post anterior...), numa crescente mágoa com o Showbizz, o que renderia um monte de músicas espetaculares, profundas e densas, e uma trajetória apartada do sucesso mundial de outras bandas da "British Invasion". Ray Davies era um gênio, compunha, cantava, tocava, e até ofuscava seu irmão mais novo, Dave Davies, um exímio guitarrista que ajudou a lançar as bases do hard rock, e que era a tal "voz de Rod Stewart enforcado" que ouvi no primeiro disco deles que caiu em minha mão. Ou seja, além de ignorante sobre a história da banda, eu ainda fui notar justamente o personagem "secundário" da banda, que justamente naquele disco, tinha dado uma espécie de "último respiro de brilho".

E na minha trajetória pessoal de descobrir a banda, fiquei sempre procurando provas de que eu estava certo, ou seja, de que o Dave Davies, o irmão baixinho e massacrado, também era um gênio. Sei lá se eu consegui... Com certeza os dois não conseguiram resolver o caso, e sairam no tapa muitas vezes, até mesmo em público, deixando a coisa toda ainda mais depressiva.

Se o sucesso foi escasso, as referências são mais que numerosas. Praticamente não há banda de rock surgida durante as décadas de 70 e 80 que não cite Kinks como influência e referência. De Who (repare bem em "I Can't Explain") a Van Halen, e, mais recentemente, REM, Oasis (que também tem dois irmãos briguentos, mas gosta mais de imitar Beatles) e Blur.

O compacto com os melhores momentos vai trazer a primeira música que ouvi e que citei no primeiro post de Kinks ("Life On the Road"), uma mais antiga, que é o ápice da ironia e da genialidade de Ray ("Village Green Preservation Society") e finalmente a música que é considerada a pedra fundamental do hard rock, "You Really Got Me". É só clicar aqui e curtir.

E sua vida ficará mais fácil, porque esses discos todos estão em catálogo e hoje em dia é bico comprar pela internet...

OK, quem acompanha já sabe que o próximo não será Traveling Wilburys.

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