domingo, 29 de junho de 2008

Os Secos, Os Molhados... e os curiosos

...se parece que você já leu este post, você talvez já tenha mesmo lido... Eu publiquei um post fora de ordem, porque inadvertidamente pulei a segunda parte do The Kinks... Mea culpa... Dá uma paginada que você vai achar o "elo faltante"...

Tem um filme bacana chamado the "The Good, The Bad and The Ugly" (O Bom, o Mau e o Feio, na tradução literal) que tem o Clint Eastwood e é realmente muito bom. Mas cinema é especialidade de um amigo meu, então só digo que o filme foi a base para o título deste post. Os curiosos que aparecem no plural são...eu. OK, ficou no plural apenas porque os outros dois estão no plural, não por algum sintoma de transtorno bipolar...

Mas quem são os Secos e quem são os Molhados? Os dois juntos são os Secos & Molhados (com "&", mesmo), uma banda que, à primeira vista, com 300.000 discos vendidos em dois meses nos idos de 1973, e no Brasil, pode parecer tudo menos obscura. Mas mesmo considerando o privilégio que dou às bandas obscuras, tenho alguns motivos para jogá-los aqui neste post. Fatos de muita relevância, pelo menos para mim.

Conheci Secos & Molhados pela "via pop", em 1973, através do rádio de minha mãe, que sempre ouvia algum programa AM (tipo Barros de Alencar, mesmo) enquanto cozinhava ou arrumava a casa. Não me pergunte se havia FM nessa época (isso é assunto de aficcionados em eletrônica), mas na casa de minha mãe rolava AM, com som péssimo, mas tenho saudade mesmo assim. E agora entendo que parte de minha cultura musical também é dessa época, ainda que Odair José realmente não toque em minha vitrola. Vitrola, veja só...

Secos & Molhados, lá no AM de minha mãe, eram "O Vira" e "Sangue Latino" e o disco, que não comprei à época porque eu não tinha nem dinheiro nem toca-discos, chamava-se também Secos & Molhados, e apresentava as quatro cabeças, dos quatro integrantes, em cima de uma bandeja, como se fossem deliciosas iguarias ou petiscos, literalmente secos e molhados. Teria surgido daí o nome da banda? Muito depois vim a saber que não, assim como vim a saber que o Ney Matogrosso não era o líder, foi o último a ingressar, e apenas era o performático carismático que deu estilo único à banda com seus trejeitos e sua voz.

O líder era o João Ricardo, que criou o nome três anos antes, mas só tinha o nome, sem ter a banda. Com certeza o "&" em vez de um simples "e" tem muito significado, mas ele nunca falou muito sobre isso (ou pelo menos eu não ouvi) e aí paramos só na suposição. Então fica estabelecido que o motivo da capa do disco tem relação com o nome, e não o contrário como alguém poderia pensar. E também fica estabelecido que quem encontrar o João Ricardo pela rua deve pedir para ele entrar neste blog e explicar o "&".

Também tem a história, nunca confirmada, de que o Kiss copiou deles a idéia de tocar com fantasias. Mas essa pode ficar para o próximo post, que conclui (ou não) o tema Secos & Molhados e te dá de presente um clip com trechos de músicas que vão te motivar a desencavar esse álbum por aí.

2 comentários:

Daliana Antonio disse...

Aqui em Maringá, tivemos um grupo cover do Secos&Molhados e do Mutantes!

Muuuuito bom!! Não tinha jeito, a casa sempre cheia de fãs!

Passarei por aqui!
E visite mais o blog com contribuições!

Wilson Eduardo Cruz disse...

Daliana,

Não é nada fácil montar um cover de Secos & Molhados, não. Com certeza merece registro. A própósito, eles se perderam e foram fazer outra coisa ou continuam na estrada, mexendo com música?

Você me trouxe uma outra lembrança excelente: Mutantes dá um post! Lembro de um monte de coisas de minha vida relacionadas com Mutantes. Super-dica. Está na minha lista.

Volte sim! Opine, sugira e meta o pau. Música é o melhor assunto de todos.